Para comerciantes, modalidades podem trazer novo fluxo de clientes
O Pix Troco e o Pix Saque são novas facilidades que podem gerar benefícios para os estabelecimentos comerciais e para os consumidores. O serviço pode, ainda, representar uma nova fonte de renda aos estabelecimentos comerciais. Já os consumidores ganham mais uma opção de uso da ferramenta de pagamento instantâneo. Os empreendimentos recebem uma tarifa que varia de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, dependendo da negociação com a sua instituição de relacionamento.
Além disso, com as duas modalidades, os estabelecimentos comerciais viram pontos de conveniência, onde as pessoas podem sacar dinheiro. Esse fluxo pode trazer para dentro dos pontos de venda novos potenciais clientes que passam a consumir o seu produto ou serviço principal depois de conhecê-lo por uma necessidade primeira de um saque. Esta mesma função de conveniência não apenas atrai, como também fideliza os potenciais clientes ao oferecer um benefício dois em um.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva, afirmou que ser conveniado com o Pix Saque e Pix Troco tem potencial de atrair um novo fluxo de consumidores. “Estamos vivendo um momento muito digital, no qual as lojas apresentam variações de movimento e todas as formas de aproximar pessoas são válidas”, comentou. De acordo com Piva, quanto mais clientes circulando, maiores as chances para o comerciante mostrar bons produtos e estabelecer bons relacionamentos.
Para o presidente da Fecomércio/RS, Luiz Carlos Bohn, alternativas que facilitam e simplificam as transações de pagamento sempre são bem-vindas. “As modalidades do Pix Saque e Pix Troco possibilitaram o acesso ao saque de dinheiro em espécie em outros estabelecimentos, não apenas aqueles da rede bancária com a qual o consumidor tem relação”, destacou. Conforme Bohn, a facilitação tem ocorrido, sobretudo para o Pix Saque, contando com adesão por parte de loterias e caixas eletrônicos.
Por outro lado, segundo o dirigente da Fecomércio/RS, a disponibilidade dessas opções por parte dos estabelecimentos comerciais tem de ser entendida diante da lógica de que essa decisão, de adesão voluntária, passa necessariamente por uma ponderação entre os potenciais benefícios e os custos associados às adaptações de sistema e de operações necessárias, aspectos que variam conforme a realidade e a escala de cada negócio.
Fonte: Jornal do Comércio – Edição Impressa em 12 de janeiro de 2023.